Lavei minh’alma com vinho
e me encondi em videiras…
um copo eu beijo sozinho
quem sabe a vida inteira!
Podem trazer as videiras
que nas pisadas faremos
um vinho que é de primeira:
garrafas, nós encheremos!
Após pisarmos nas uvas
e nos brindarmos a sós
talvez debaixo das chuvas,
vinhedos seremos nós…
Um cálice, talvez dois,
preencham os desenganos,
os planos virão depois
por sermos nós dois ciganos!
Com uvas beijei teus lábios,
videiras pintei teu corpo,
me diga se somos sábios
vivendo um pelo outro?
Sem vinho não há acordo
sem beijos tão pouco ainda…
quem sabe colha em teu corpo
videiras p’ra minha vida!!!