(Photo by Alyasiyyah)
XII – Delírios em Dezembro
Mãos que me afagaram
Enquanto febril estava!
Suores e delírios tive
Unificando todas as distancias!
Suores e delírios castigaram-me…
Tentando sofrer sozinho!
Eu me via perdido
Num leito enclausurado e vazio,
Tentando me recuperar em teus braços…
Eu me encontrava agora, amado!
Íris de avelã!
Poderemos fugir um dia?
Entregar nossos recados?
Lograr os momentos perdidos?
Ouvir Vivaldi nos salões?
Temo em te perder!
Eu, febril num ósculo fanático,
Um dia nos amamos?
Até nos teus olhos eu sinto um adeus…
Meus olhos fecham-se em tréguas…
Olhos que te furtaram em noites,
Representavas nua em tua varanda!
Eu, febril, desejando-te beijar…
Teus lábios de encontro aos meus
Encontros febris? Talvez.
Rostos, sorrisos e noturnos,
Num encontro adormecido.
Olhos que me fazem novamente são!
(Dez: 27, 2004)