(Betto Gasparetto)
I
Oh, miríficas orquídeas, pelo chão que tocamos,
Nascem vossas cores, um cenário embelezado.
Por onde passamos, vossa beleza desponta,
Entre folhas e ervas, um esplendor encantado.
II
Vossa graça sutil, de pétalas e perfume,
Torna a terra comum em jardim de lume.
Sob o sol que brilha e a lua que espreita,
Vossa beleza rara, eternamente se deita.
III
Em cada passo dado, um milagre floresce,
Orquídeas, tesouros, cujo encanto resplandece.
Nas trilhas, nos bosques, nos campos e jardins,
Vossa majestade emudece os clarins.
IV
Assim, nasceis onde nossos pés repousam,
Uma ode à vida, em cada flor que brotamos.
Oh, orquídeas divinas, em vosso humilde chão,
Um aviso à natureza, em perene devoção.
V
Oh, que deleite provar da vossa magia,
Em cada raiz fina, em vossa alva sinfonia.
Floresceis como dança em ritmo e harmonia,
Em cada petala, uma poesia, uma melodia.
VI
Ao toque suave, desabrochais em primor,
Um êxtase visual, um inebriante fulgor.
Em vossas formas exóticas, mistérios a desvendar,
Tamanha graciosidade, impossível de igualar.
VII
Desafiando o solo, a luz, em cada canto,
Exalais odores, um convite ao encanto.
Com graciosidade, orquestrais o espetáculo,
Em cada botão, um conto, um artefato inexplicável.
VIII
Orquídeas! Ah, vossa aura nos abraça,
Em vossa presença, a natureza se enlaça.
Em cada passo, um tributo ao vosso ser,
Nasceis onde pisamos, um eterno renascer.
IX
Ah, suave brisa que acaricia as pétalas,
Em vossa carícia, segredos, histórias ancestrais.
Em vossos sussurros, orquídeas se curvam,
Dançando ao vosso toque, leve, enquanto se turvam.
X
Deslizais entre folhas, um afago, um mimo,
Como notas suaves num concerto sem limite.
A brisa, mensageira, segreda ao jardim,
E as orquídeas em resposta, movem-se num traje de cetim.
XI
Oh, como é doce o murmúrio da brisa serena,
A embalar estas flores com graça amena.
Em cada movimento, um carinho, um afeto,
As orquídeas sorriem sob o beijo desse afago repleto.
XII
E assim, entre brisas e petalas que dançam,
Orquídeas deslumbram, enquanto a brisa avança.
Em vosso enlace, um bailado na terra e no ar,
Um poema etéreo, a cada suave ventar.
XIII
As orquídeas, tão exuberantes em sua forma,
Seduzem com cores, curvas e norma.
Suas pétalas macias, como pele a roçar,
Em suavidade, um convite a explorar.
XIV
A sensualidade reside em cada detalhe,
Na simetria perfeita, num jogo sem igual.
Seus tons e perfumes, uma dança no ar,
Desperta sentidos, faz corações pulsar.
XV
Como bailarinas em um balé encantado,
Orquídeas se movem, num ritmo aprimorado.
Cada flor, uma poesia, um segredo a revelar,
Numa sinfonia silente, a nos fascinar.
XVI
Em sua aura envolvente, um convite ao toque,
Sensualidade em cada curva, em cada broto.
É na natureza, nas orquídeas a dançar,
Que encontramos a sensualidade a desabrochar.
XVII
Ah, o beijo suave que as orquídeas ofertam,
Em sua textura macia, o desejo se acalma.
Como lábios delicados prestes a tocar,
Cada pétala, um convite ao se entregar.
XVIII
Seus botões, como promessas a se cumprir,
Escondem em si um beijo pronto a florir.
Ao toque dos lábios, pólen se revela,
Um afago que, no vento, dança e se espalha.
XIX
Neste enlace, um beijo íntimo e puro,
Orquídeas se entregam, num gesto seguro.
Em cada contato, um carinho, um afeto,
Beijos silenciosos, em cada petala, um afeto.
XX
Assim, nesse beijo entre natureza e encanto,
Orquídeas se entregam num doce e terno pranto.
Em seu beijo, uma história se desdobra,
Um segredo revelado, em cada pétala que encobra.
XXI
O toque suave nas orquídeas, como carícia na pele,
Desperta sensações, um afago que se revela.
Entre folhas delicadas e pétalas a bailar,
O toque sutil, um convite a explorar.
XXII
Os dedos que roçam, deslizando com zelo,
Sentem a suavidade, um contato tão singelo.
Em cada curva, um arrepio, uma sensação,
O toque, um encontro, uma doce tentação.
XXIII
Como seda entre mãos, as orquídeas se entregam,
Ao toque delicado que nelas navegam.
Em cada caule, um convite ao contato,
O toque sensual, um momento exato.
XXIV
Assim, nesse enlace entre tato e beleza,
As orquídeas revelam sua rara sutileza.
Um toque, um afago, num gesto encantador,
Sensualidade exaltada, no toque cheio de amor.
XXV
O perfume das orquídeas, um convite ao devaneio,
No ar paira, um aroma que é doce arrepio.
Como notas suaves de um poema a flutuar,
Seu perfume incitante nos faz viajar.
XXVI
Cada fragrância, uma história a contar,
Seduz em segredos que nos fazem suspirar.
Um aroma que envolve, um abraço no ar,
Sua essência, um convite a mergulhar.
XXVII
Ao respirar profundamente, o olfato encanta,
Com nuances sutis, como dança em serenata.
O perfume exótico que nos faz sonhar,
Orquídeas, em essência, nos fazem navegar.
XXVIII
É no perfume que exalam, um convite à paixão,
Orquídeas encantam com sua sedução.
Seu aroma, uma sinfonia a nos guiar,
Na jornada olfativa, um doce naufragar.
XXIX
As varandas íntimas onde orquídeas repousam,
Nas esquinas secretas, onde seus segredos causam.
Em seus vasos e jardins, um cenário de encanto,
Nessas varandas, um refúgio, um doce manto.
XXX
Entre paredes, um espaço reservado,
Onde orquídeas desabrocham, sempre dedicadas.
Nessas varandas, um mundo em miniatura,
Onde a natureza se mostra, tão pura e segura.
XXXI
Onde os raios de sol encontram seu leito,
E a brisa suave é seu beijo perfeito.
Nessas varandas íntimas, em seu recanto,
As orquídeas florescem, um espetáculo tanto.
XXXII
Assim, nesses lares em jardins suspensos,
Orquídeas exibem seus encantos extensos.
Em varandas íntimas, um universo particular,
Onde a beleza floresce, num espaço singular.
XXXIII
Ah, a saudade, essa melodia do coração,
Que ecoa lembranças, trazendo a emoção.
Nas lembranças das orquídeas, um suspiro a brotar,
A falta do seu esplendor, faz o peito apertar.
XXXIV
Saudade das cores vivas, dos perfumes a flutuar,
Da beleza em cada pétala, em cada novo olhar.
É a ausência desse encanto, que traz a dor a espreitar,
Como um vazio que persiste, sem ter como escapar.
XXXV
Nas lembranças das orquídeas, ecoam momentos vividos,
Saudade é o reflexo dos momentos bem queridos.
É a falta, a ausência, um desejo de reviver,
A doçura das lembranças que nos fazem renascer.
XXXVI
Que a saudade das orquídeas se transforme em poesia,
Reavivando as memórias com doçura e magia.
Pois é nesse sentimento que o amor se mantém,
Saudade das orquídeas, um afeto que não tem fim.
XXXVII
As evidências das orquídeas estão nos detalhes,
Em suas formas únicas, como preciosos selos.
Na ciência, em estudos, cada espécie revela,
Evidências das adaptações, uma riqueza que desvela.
XXXVIII
Em laboratórios, sob
microscópios a esmiuçar,
As estruturas minuciosas que as fazem deslumbrar.
As evidências se revelam, petalas, cálices, raízes,
Cada parte, um mistério, nas orquídeas matrizes.
XXXIX
As pesquisas mostram sua adaptação singular,
A maneira como polinizam, se expressam, a fascinar.
Em cada descoberta, evidências se desdobram,
Contando a história vasta que essas flores formam.
XL
Nas evidências científicas ou na beleza à vista,
Orquídeas são um enigma, um universo em pista.
Evidências, assim, revelam sua grandiosidade,
Nessas flores que encantam com tanta diversidade.
XLI
O divinal esplendor das orquídeas emerge,
Nas pisadas singelas, um encanto se insurge.
Caminhos que trilhamos, seu despertar floresce,
Nas orlas, nas veredas, onde o pé estremece.
XLII
Da terra humilde, brotam suas cores sutis,
Em cada passo, um jardim, um paraíso a sorrir.
Pelas veredas pisadas, em pétalas e raízes,
Nasce a magnificência, que o olhar deslumbra e frisa.
(Betto Gasparetto)