Archive for the Acróstico Clássico Category

Réplicas de um Adeus Indesejado

Posted in Acróstico Clássico, Poesia on 29 de julho de 2008 by Prof Gasparetto

Chove! E é muito forte!
Ouve-se no rádio no canto da sala
Mozart ritualizando nossos paços…
Ouve-se no rádio Mozart, sem canto!

Vi muitas chuvas
Ou eram lágrimas?
Umedeceram meus olhos os teus…

Diante desta chuva tão forte
Invado teus aposentos
Zero as nossas brigas
Evito as lembranças em preto e branco
Registradas no canto do espelho…

Queria não poder chamar tua atenção!
Uma vez que chovi de remorso
enquanto tu silenciavas minha partida!

Tudo tinha um propósito:
Encarcerarmo-nos em nosso um quarto e meio!

Antes da chuva
Muitas águas rolaram
Oraram e ficamos no silêncio somente!

Silêncio que nos trata em conta-gotas…
Espelhos? Fotos? Marcas de baton no corpo (no copo…)?

Neguei a chuva em teu rosto
Enxuguei as tempestades naquele copo!
Mergulhei no arrependimento!

Sou um pouco do silencio entre nós…
Estou em silêncio…
Imperdoavelmente estou aqui!

Olhares me perdem na saudade…

Queira não poder chamar tua atenção!
Uma vez que a chuva
Encontrou uma fresta em meu telhado!

Éh! Meus tormentos roubam tua paciência…

Antes da chuva
Meditei em tuas palavras:
“-Ainda que tu me abandones
Reservar-te-ei um perdão!”

Ouço Mozart!
Um dia te amei de verdade!

Ontem te amei com saudades!

Queria não poder chamar tua atenção!
Um dia te amei em noturnos meus…
Eu pensei que me amastes…

É! Os meus tormentos…

Ainda me amas???
Me respondas então:
Ouvimos ou não Mozart?
Retires então o que me sobra desta tormenta!

(Mar: 13, 2008)

Espelhos Invertidos XII

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

XII – Orb Mezed! – (a pacificidade)

Dedicamos nossas guerras!
Entregamos nosso amar…
Zelamos pelos tesouros secretos,
E mesmo assim, estamos pobres?
Muitos dias se passaram…
Benditos os que sabem amar…
Refiro-me aos que ousam amar…
Ousamos mesmo que seja a última ousadia!

És o autoritarismo que fere a autoridade…
És a multa indevida que insulta a verba…
És o valor indefinido de cobrar…
És o epílogo político que desfaz o verbo…
És o desejo reciclável que nos constrange!
És a liberdade conclusiva…
Que marcou em mim
Uma nova página
Que exige tinta para continuar minha escrita…

(Mai: 28, 1987)

Espelhos Invertidos XI

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

XI – Orb Mevon! – (a sapiência)

Novos mundo, novos rumos…
Olhamos a vista a se perder,
Vingamos às derivas,
E as tempestades desprezamos…
Muitos desistem em continuar,
Benditos os que continuam…
Resta-nos estão o respeito ao amor:
Ousamos, como amantes, a mais um beijo!

És o grisalho permanente da loucura…
És o esmaecer de olhares inibidos…
És o pretérito perfeito do querer…
És a relutância pacífica da humanidade…
És o manifesto renovado…

Que marcou em mim
Impactos culturais
De saberes imprescindíveis…

(Abr: 22, 1987)

Espelhos Invertidos X

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

X – Orb Utuo! (a ousadia)

Ousar, é ter certeza de coragem
Usar a ousadia, é enfrentar obstáculos…
Trouxemos cartas, perfumes e música…
Utilizamos os talentos, nossas armas…
Bendizemos o que é certo e adorável
Reservamo-nos ao sentido encontro…
Ousamos e ousaremos beijar-nos!

És a solução que minha química precisa…
És a função que estabelece a equação…
És o abstratismo das falas que escrevi…
És a indignação que provoca em mim ausência de atitudes…
És o patrimônio interventor…

Que marcou em mim
A ousadia de escrever
Sem obstáculos reais…

(Mar: 19, 1987)

Espelhos Invertidos IX

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

IX – Orb Metes! (o protocolo)

Serenamente, cativamo-nos preciosos…
Entorpecidos de conquistas,
Trouxemos nossas caravelas
Enviamos mensageiros à nova terra!
Mundos novos, eternos amantes!
Buscamos no beijo a descoberta…
Reencontramos o sentido dos por quês!
Ousamos navegar em nossos beijos…

És o pergaminho indecifrável que decifras…
És a pontuação que se eleva em igualdade…
Pés a concretização alicerçada de momentos…
És a efetiva curva de oferta que procuro…
És o horizonte que renasce no poente…
És a medida exata do expoente…
É o código de ética…

Que marcou em mim
O protocolo do silêncio
Numa embarcação de leigos!

(Fev: 26, 1987)