Arquivo para junho, 2008

Casais: Um Lado Oculto na Cama!

Posted in 00 Livressílabos, Crônicas, Poemas, Poesia on 13 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

(Photo by Alyasiyyah)

I

Quanto tempo faz que não mais nos beijamos,
que não mais planejamos,
que não mais nos buscamos?

Quanto tempo faz que não mais as orquídeas florescem,
que nada mais nos envaidece,
que nada mais pedimos em prece?

Quanto tempo faz que não mais nossos corpos se tocam,
que não mais o ciúme provocas,
que não mais nosso amor não evocas?

Quanto tempo faz que não mais passeamos na praia,
que não mais tuas danças ensaias,
que não mais em meu colo desmaias?

II
Quanto tempo faz que não mais precisamos de afeto,
que não mais nos sentimos completos,
que não mais recusamos o certo?

Quanto tempo faz que não mais imitamos casais,
que não mais temperamos os sais,
que não mais suportamos os ais?

Quanto tempo faz que não mais nos julgamos pecado,
que não mais nos deixamos de lado,
que não mais encontrei teus recados?

III
Quanto tempo faz que não mais impedi teus assédios,
que não mais me servi de remédios,
que não mais sustentei os meus tédios?

Quanto tempo faz que não mais proibi teus abusos,
que não mais me senti um intruso,
que não mais me tratastes de Muso?

Quanto tempo faz que não mais me beijastes a boca,
que não mais arrancastes a roupa,
que não mais me amavas tão louca?

Quanto tempo faz que não mais me mordestes o lábio,
que não mais revelamos aos sábios,
que não mais tu molhastes meus átrios?

IV
Quanto tempo faz que não mais te amei como antes,
que não mais lapidei diamantes,
que não mais fomos só dois amantes?

Quanto tempo faz que não mais nos dizemos “Bom Dia!”,
que não mais encontramos “Boa Tarde!”,
que não mais procuramos “Boa Noite!”?

Quanto tempo faz?

( Jun: 03, 2008 )

Espelhos Invertidos XII

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

XII – Orb Mezed! – (a pacificidade)

Dedicamos nossas guerras!
Entregamos nosso amar…
Zelamos pelos tesouros secretos,
E mesmo assim, estamos pobres?
Muitos dias se passaram…
Benditos os que sabem amar…
Refiro-me aos que ousam amar…
Ousamos mesmo que seja a última ousadia!

És o autoritarismo que fere a autoridade…
És a multa indevida que insulta a verba…
És o valor indefinido de cobrar…
És o epílogo político que desfaz o verbo…
És o desejo reciclável que nos constrange!
És a liberdade conclusiva…
Que marcou em mim
Uma nova página
Que exige tinta para continuar minha escrita…

(Mai: 28, 1987)

Espelhos Invertidos XI

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

XI – Orb Mevon! – (a sapiência)

Novos mundo, novos rumos…
Olhamos a vista a se perder,
Vingamos às derivas,
E as tempestades desprezamos…
Muitos desistem em continuar,
Benditos os que continuam…
Resta-nos estão o respeito ao amor:
Ousamos, como amantes, a mais um beijo!

És o grisalho permanente da loucura…
És o esmaecer de olhares inibidos…
És o pretérito perfeito do querer…
És a relutância pacífica da humanidade…
És o manifesto renovado…

Que marcou em mim
Impactos culturais
De saberes imprescindíveis…

(Abr: 22, 1987)

Espelhos Invertidos X

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

X – Orb Utuo! (a ousadia)

Ousar, é ter certeza de coragem
Usar a ousadia, é enfrentar obstáculos…
Trouxemos cartas, perfumes e música…
Utilizamos os talentos, nossas armas…
Bendizemos o que é certo e adorável
Reservamo-nos ao sentido encontro…
Ousamos e ousaremos beijar-nos!

És a solução que minha química precisa…
És a função que estabelece a equação…
És o abstratismo das falas que escrevi…
És a indignação que provoca em mim ausência de atitudes…
És o patrimônio interventor…

Que marcou em mim
A ousadia de escrever
Sem obstáculos reais…

(Mar: 19, 1987)

Espelhos Invertidos IX

Posted in Acróstico Clássico, Crônicas, Minhas Séries, Poemas, Poesia on 12 de junho de 2008 by Prof Gasparetto

IX – Orb Metes! (o protocolo)

Serenamente, cativamo-nos preciosos…
Entorpecidos de conquistas,
Trouxemos nossas caravelas
Enviamos mensageiros à nova terra!
Mundos novos, eternos amantes!
Buscamos no beijo a descoberta…
Reencontramos o sentido dos por quês!
Ousamos navegar em nossos beijos…

És o pergaminho indecifrável que decifras…
És a pontuação que se eleva em igualdade…
Pés a concretização alicerçada de momentos…
És a efetiva curva de oferta que procuro…
És o horizonte que renasce no poente…
És a medida exata do expoente…
É o código de ética…

Que marcou em mim
O protocolo do silêncio
Numa embarcação de leigos!

(Fev: 26, 1987)