Arquivo para agosto, 2008

Dilemas Natos

Posted in Poemas, Poesia on 29 de agosto de 2008 by Prof Gasparetto

I
Desilusões!
momentos caros,
o que fizemos nós?

Situações!
perdemos tantas,
quem te viu chorar?

Às duras penas,
fomos dilemas
num amor que quis pecar…

Desilusão!
foi dar um não
ao coração!

II
Desilusões!
o que colhemos
foram frutos de ambições!

Às intenções!
sofremos tantas,
quem sofreu dirá!

Às duras penas,
fomos problemas,
que nós dois quisemos ter!

Desilusão!
foi dar a mão
à solidão!

Entardecer de Pétalas II

Posted in 12 Alexandrinos, Poemas, Poesia on 29 de agosto de 2008 by Prof Gasparetto

II – Reservas Íntimas

Eu sinto minha alma florescer crisâtemos
no alvorecer tristonho mergulhado em lágrimas!
Te amo inutilmente como pelos pântanos,
murmúrios e canções, me restam tuas lastima!

Quem disse que beber do vinho fere o estômago
Na queimadura exata de uma dor empírica?
Se a tristeza invade a dor feito relâmpago,
melhor enclausurar-se em palavras císmicas!

Outeiros me revelam teu amor tão cáuticos,
estraçalhando noites de insônias gástricas…
o teu olhar corrompe o meu olhar gnóstico,
nas greves te procuro num suspiro mágico!

Reservo-me ateu em teu querer poético,
num fúnebre amor de morrer jurídico!
Não tenho intenção de protestar o cético,
pois somos iguarias em território sísmico!

Te amo meu amor numa memório póstuma,
alvoroçando cinzas em paixões alcoólicas…
esqueço e desfaleço em tua carne próxima,
por que a nossa dor nos morde melancólica…

Entardecer de Pétalas I

Posted in 12 Alexandrinos, Poemas, Poesia on 29 de agosto de 2008 by Prof Gasparetto

I – Passos Retirantes

queria sustentar minhas andanças nômades
buscando arquitetar um só caminho plácido
as somembras das acácias me parecem lâminas,
cortando os problemas com aminoácidos!

Quem dera suplantar o teu retorno em cânticos
poetizando formas de amor tão lúdico,
e mesmo mergulhado em Oceano Atlântico,
consigo ser primeiro, e não mais o último!

As bordas do teu beijo em minha alma úmida,
revelam na memória o nosso tom poético..
Velejas nas palavras feito minha música,
tirando-me “o distante” que se faz homérico…

senti nas entrelinhas teu perfume sândalo,
que dos jardins busquei tu’escultura clássica,
me sinto atrevido, às vezes sou tão vândalo,
buscando uma resposta que não seja trágica!

Encontros e partidas pelas praças públicas
nos viciando em textos somos tão ventrílucos…
quem olha não percebe as paixões tão súbitas,
no teu espaço eu quero conquistar um vínculo…

eu ouço tua voz em meio a tantas cítaras
resplandecendo sonhos em outonos místicos…
que brotem tua letras nos jardins das sílabas,
pois o meu coração já sente abalo sísmico!