Arquivo para janeiro, 2008

Marcas Proibidas

Posted in Acróstico Mediano, Pensamentos, Poemas, Poesia on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

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Passam da 1/2 noite…                     Estou sem sono!
Leio alguma coisa…                          Um livro, uma crônica de Drummond…

Viajo um pouco. Faço Café.             Adoçante e chantilly…
preciso recuperar meus dias!        Meus dias estão indo embora…
e não encontro uma resposta        entre tantas coisas que faço!
Incluo saudades, fotos,                   imagens proibidas de nós dois…

Sigo uma madrugada!                    Únicas madrugadas vazias…
que me acompanham,                   me revestem de passados,
me corroem uma paixão,              ainda que no outro lado do oceano!

Escalei muralhas, revelei           mistérios, descobri emoções…
riquezas inúmeras de olhares,     umedecendo os meus!
mãos que se tocaram,                   lábios que criaram o silêncio!
Hoje vago pelas madrugadas!     Hoje estou vago no silêncio!
não entendo porque perdemos   em nós, o tempo!?
Por ter me apegado a ti?               Riscamos nosso futuro?

Precisávamos de um tempo?       Precisávamos nos ferir tanto?
Bordamos sorrisos…                     Reservamo-nos à intimidade,
pecamos nos elevadores…          Obrigamo-nos a ficar juntos?
Irriquietos no prazer,                  irriquietos no querer mais,
Beijos Roubados?                         Beijos Surpresa? Beijos Suspense?
São 7 horas questionadoras…     Inquerindo-me a dar uma solução
definitiva nas alianças!                  Demonstrar que hipócrita fui…
jejuando pelas madrugadas um      adeus que tatuamos em nós!

(Abr: 03, 2007)

Poema da Sustentação – VIII

Posted in 00 Livressílabos, Pensamentos, Poemas, Poesia on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

VIII– Os Milagres

Às vezes mais que um simples amante
Que lapida um coração de vidro
E quando trinca perde seu valor cortando
E vai sangrando pelo peito afora!

Precisava de um tempo só pra mim
E na realidade nosso tempo se esgotou,
Fico à margem de um vazio muito triste
Esperando acontecer um só milagre!

Sem mais querer ferir meu coração injusto
De sobrevivência aos teus penhores vãos
Digo que partirei vagando hoje
Pois estou cansado de querer buscar!

Adeus como de despedida de adeus
Num só momento imaginei tão sóbrio
Na seriedade de morrer sozinho
Sem ter alguém que irá morrer tão só!
(Ago: 18, 1981)

Poema da Sustentação – VII

Posted in 00 Livressílabos on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

VII – As Lembranças

Minha boca sente a sede de te ver
Com chama de arder quem chama
Descompassado o coração de leigo
No leito eterno de tua companhia!

Já vejo a hora de partir sem sol
Repousando no poente e pó
Bastava vir meus olhos no horizonte
Serem fisgados por outros anzóis!

E sono é tão resplandecente agora
Que vou soluçando no engatilhar visagem
Não há uma solução que te infinite hoje
Meu vulto deita e não levante mais

Pudera eu voltar aquele encontro
Que ontem se tornou lembranças
Desmaio num olhar que cega
E finda um aperto de mão!
(Mai: 30, 1981)

Poema da Sustentação – VI

Posted in 10 Decassílabos, Pensamentos, Poemas, Poesia on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

VI – As Sementes

Abrace-me em rebeldia louca
E vai cortando o mal pela raiz
Em vez de vultos e simples serenos
Estou ao fim da caminhada longa!

De nada a minha dor que ressurgira
De sonhos, cantos, velas e poesia
Não sei se chamo a ti de esperança apenas
Como chamaste a mim de tua semente!

Às vezes choro quando ouço uma cantiga
E tenho chorar com toda emoção
Mas fico triste e nada choro
Logo, a tristeza é surda, e triste é meu mundo!

Num sonho ressuscitado de brandura
Avisto um corpo que me cobre de alegria
Encerro o dia com total insônia
De cerrações e d’outras imagens belas!

(Abr: 08, 1981)

Poema da Sustentação – V

Posted in 10 Decassílabos, Pensamentos, Poemas, Poesia on 31 de janeiro de 2008 by Prof Gasparetto

V – O Álibi

Hoje me perco doentio na espera
A quem quiser as minhas horas vãs
Se hoje sofro, sofro por quimeras
Nas falhas minhas, as minhas manhãs!

Às vezes nasço sempre num poema
Teimando às vezes o temor do frio
A febre cobre todo meu sistema
Que me acoberta a morte por um fio!

Não forço nem ao coração que ataque
Pelo sofrer me trouxe cicatriz
És testemunha deste meu embarque
Te prenderia às garras que te fiz!

Volte-me como volta de passagem
Largando as malas todas pela estrada
Leve-me então contigo de bagagem
Que num contágio a alma se faz grata!

(Mar: 26, 1981)