Arquivo para setembro, 2008

Pequena Homenagem às Mulheres

Posted in Artes, Pensamentos, Poesia on 27 de setembro de 2008 by Prof Gasparetto

Vidas Endossadas

Posted in 00 Livressílabos, Poemas, Poesia on 19 de setembro de 2008 by Prof Gasparetto

I
Quem quer um amor
que bordado está de cicatrizes
e que há muito tempo
está sobrevivendo?

II
Quem quer um amor
cheio de recortes e lembranças
que ao colar momentos
coleciona muitos medos?

III
Quem quer um amor
que se apagou nos retratos
e ofuscado pelos flashs
está se recolhendo?

IV
Quem quer um amor
que explorou mil motivos
que se explodiu de alegrias
e que hoje está se perdendo?

V
Quem quer um amor
que enfrentou o desconhecido
pra conquistar um grande amor
e iludiu desconhecendo?

VI
Quem quer um amor
que memos em pedaços
sonha em se construir
em mil abraços querendo?

VII
Quem quer um amor
que tantas imperfeições da vida
se lapida por acreditar
que alguém decifre os seus segredos?

VIII
Quem quer um amor
que se aventurou pelas estradas
e percebeu que há tantas jogadas
e emoções tecendo?

IX
Quem quer um amor
que leu nas entrelinhas interesses
e por não querer ser um só pertence,
preferiu sair perdendo?

X
Quem quer um amor
que saiba navegar pelas varandas
palavras e calores tão eternos
e saber enfim o que está acontecendo?

XI
Quem quer um amor
que quando necessita estar presente
esquece do passado tão somente,
que larga tudo e vem correndo?

XII
Quem quer um amor
que as filosofias não entendem,
que a história, e que as letras não compreendem,
e que alguém dissesse simplesmente: “- Eu te entendo!”?

Abstinências Prosas

Posted in Poemas, Poesia on 12 de setembro de 2008 by Prof Gasparetto

I
Tanto que eu quis em fazer feliz alguém,
mas era preciso ir muito mais além…

escrevi num tapume
que te amei loucamente,
mas eu sei que a vida resume
que sou delinqüente!

Sempre pensei que a distância fosse acabar,
são linhas cruzadas,
ou estamos fora do ar?

Descrevi teus ciúmes,
num projeto que tinha em mente,
mas eu sei que é impossível
falar francamente!

Depois maldizemos os fatos
fomos nós tão ingratos
que nem sei dos porquês!

Valemos quando estamos distantes,
somos tão importantes
que até nossa história mudou!

II
Queira saber o que se passa em mim,
me perco contando tudo o que vi!

Somo são poucos
o que queremos é muito mais…
pois existe uma maneira
de se buscar a paz!

Larguei os meus tics nervosos,
amores tão ansiosos
por tentar te esperar…

III
creio estar te induzindo a mim,
o mundo é pequeno, diga sim!
Guardo o perfume
que tatuastes em minha alma,
como posso amiúde
ter imensa calma?

Rompi com todos os paradigmas,
minha emoção é fidedigna
que nasceu por nós dois!

Temi como resposta um não,
prendi a respiração
pra te prender depois!

IV
Ao semear-te em tantas razões,
achei um pretexto pra nos deixar a sós…

Teci desertos procurando não me perder,
o real se tornou turvo
por que fugir de mim?

Silêncios seguem os meus caminhos,
escrevi pergaminhos
ao traçar um encontro…

por que esconder nossos mapas,
de rasgar nossas capas,
sabendo de quem é o tesouro?

Quando enfim, ao lembrares de mim,
procura meus rastros
nas areias até o fim!

Se por ventura me encontrares
não tente içar nossas bandeiras nos mastros,
mas entenda que talvez
eu poderia estar em outras ilhas!!!

Labirintos Modos

Posted in 06 Heróico Quebrado, Poemas, Poesia on 12 de setembro de 2008 by Prof Gasparetto

I
Amanhã eu te juro
num momento oportuno
deste corpo que é teu…

vem amor clandestino
que a ti eu ensino
como deve-se amar!

Quero todas as luas
enfeitar nossas ruas
enfeitar o querer…

viciei nos teus beijos
a loucura, os desejos,
quero me entregar!

Meu refúgio é na cama.
Pra dizer quem te ama,
corpo nu em teus braços!

Me perdi na conduta,
tua boca disputa,
à mulher que te quer!

Mergulhei no teu sexo,
nos tornamos anexo,
numa insana paixão!

II
Amanhã eu te juro
te cobrar sem um juro
numa ânsia em te amar…

com suor eu te cubro
nas paredes eu subo
por que é assim que me sinto…

penetrastes bem fundo
possuistes meu mundo
em teu mel me perdi…

o meu corpo em teus braços,
já não sinto cansaços,
eu agora sou tua!

Me entreguei plenamente,
tuas unhas e dentes,
uma eterna mulher….

eu preciso de amor
vem tirar essas dor,
vem titar solidão!

Guardo as roupas de banho,
pra não ter mais engano,
em sentir teu perfume…

me estranhei com estranhos,
é a ti que mais amo…
vê se voltas pra mim…

Reflexos Épicos

Posted in Poemas, Poesia on 11 de setembro de 2008 by Prof Gasparetto

(à Bruna)

I
Te vi chorando pelo espelho
e podia sentir tuas lágrimas
em meu rosto!

Lábios trêmulos pelo choro
e Mozart silenciava o ambiente
com sua inspiração…

Não haviam chuvas,
nem haviam intenções,
somente o choro!

Um choro que representava a importância de ser alguém:
que fala,
que pensa,
que gesticula,
que ama…

eu me refletia nos questionamentos
infalíveis do teu eu…

chorei contigo!
Num compartilhar de choros e canções…

chorei por que entendia teu choro!

As lágrimas fluiam em cumplicidade
por que o choro era inevitável!

II
Te vi chorando pela janela,
e podia sentir teus pensamentos
por todo o corpo…

sábios equilíbrios! Vieram os risos
e Paganini salientava um ambiente
de inspirações!

Uma só chave,
uma só chance:
de reconhecer que somos
os principais personagens
desse script!

Os aplausos surgiram de repente!
Os expectadores agitavam-se na platéia…
e é isso que importa:
que falem,
que pensem,
que gesticulem,
porque a nossa existência depende do Amor!

Canto contigo…
reparto os meus momentos…

canto porque entendo teu canto!

Os sorrisos fluem transbordando de felicidade,
porque sorrir faz parte do inevitável!

Conte até dez,
ou quanto vezes forem precisos…
mas conte comigo!

(Set: 09/2008)