(Betto Gasparetto)
IV – Ficamos Parados Diante de Um Portão Fechado
by Designer Creator DALL·E 3
Apesar do tempo nublado ficamos estáticos diante de um portão que haviam fechado, este era um símbolo que de repente silenciou nossa jornada. A imagem daquele metal frio e as suas dobradiças silenciosas pareciam ecoar por entre os muros a incerteza do que poderia vir. O portão, que tornou-se impassível, tornou-se como uma barreira entre o que nós conhecíamos ao longo da vida e o desconhecido que se apresentava diante de nós.
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Olhamos um para o outro, buscando respostas nos olhos que compartilharam risos, lágrimas e todos os matizes do amor. A intensidade das chuvas que marcaram nossos corpos parecia se refletir na própria textura do portão, como se cada gota que testemunhou nosso caminho tivesse deixado uma marca indelével na entrada para o próximo capítulo das nossas vidas.
Diante do portão fechado, as palavras se tornaram escassas, mas nossos corações falavam em volumes. O silêncio era preenchido pelo eco dos nossos suspiros compartilhados, pela palpável energia de uma despedida iminente. A incerteza pairava no ar, mas a confiança mútua, construída ao longo do tempo, era a bússola que nos guiaria nesse novo território.
Cada batida do coração parecia um passo hesitante em direção ao desconhecido. Mas, juntos, encaramos o desafio com coragem. O portão, que inicialmente parecia uma barreira, transformou-se em um portal para novas possibilidades, um convite para explorar o que aguardava do outro lado.
Enquanto atravessávamos o portão, sentimos uma mistura de nostalgia e expectativa. As memórias das chuvas que marcaram nossos corpos permaneceram conosco, como uma bagagem emocional que nos acompanharia onde quer que fôssemos. O amor que floresceu sob as tempestades seria a luz que iluminaria o caminho adiante.
E assim, seguimos juntos para a próxima caminhada da nossa história, com a promessa de que, mesmo que o portão se fechasse atrás de nós, o amor que compartilhamos seria a chave que abriria os portões do nosso futuro. Cada passo adiante seria uma dança sincronizada, uma jornada de descobertas e, quem sabe, um reencontro além das curvas do destino. O portão fechado, ao invés de ser um adeus, transformou-se em um “até breve“, impulsionando-nos a abraçar o desconhecido de mãos dadas e ao olhar em nossos olhares dizermos “Só o Amor Constrói!”.
(Betto Gasparetto)